
Os 4 pontos-chave para proteger a sua empresa na era digital
A cibersegurança tornou-se um pilar essencial para garantir o sucesso da transformação digital nas empresas. Neste sentido, a crescente sofisticação das ameaças cibernéticas e a necessidade de proteger os ativos digitais, bem como a informação confidencial, requerem estratégias inovadoras e tecnologias avançadas. A knowmad mood, consultora tecnológica líder em soluções de transformação digital, partilha quatro pontos-chave fundamentais para que as organizações reforcem a sua segurança nesta nova era.
Inteligência Artificial: Deteção proactiva de ameaças
A inteligência artificial (IA) está a posicionar-se como uma ferramenta fundamental na luta contra os ciberataques. A sua capacidade de analisar grandes volumes de dados em tempo real permite detetar padrões anómalos e prevenir incidentes antes que estes ocorram. Utilizando algoritmos de aprendizagem automática, os sistemas podem identificar comportamentos suspeitos, como tentativas de acesso não autorizado ou malware, e tomar medidas automáticas para mitigar os riscos.
Blockchain: Garantia da integridade e transparência
O blockchain, com a sua estrutura descentralizada e imutável, oferece uma solução robusta para a proteção de dados sensíveis. Ao distribuir as informações entre vários nós e vincular os registos por meio de hashes criptográficos, esta tecnologia dificulta qualquer tentativa de manipulação ou acesso não autorizado. Além disso, a sua rastreabilidade garante que qualquer alteração fica registada, reforçando a confiança nos processos digitais.
Formação e cultura organizacional
A tecnologia por si só não é suficiente. De acordo com o último relatório Threat Report da ESET, publicado em 2024, a Espanha ocupa o terceiro lugar em deteções de ameaças cibernéticas em todo o mundo, com 6% do total. O estudo destaca que o phishing é a principal ameaça detetada no país, afetando tanto utilizadores individuais como empresas. Além disso, o ransomware continua a ser uma séria preocupação, colocando a Espanha em oitavo lugar no ranking global de deteções. Estes dados sublinham a importância de investir na formação contínua do pessoal e de fomentar uma cultura organizacional orientada para a cibersegurança e para a utilização ética da tecnologia, aumentada por uma IA cada vez mais poderosa. Isto inclui políticas claras, auditorias regulares e simulacros para preparar as equipas para potenciais incidentes.
Conformidade regulamentar e estratégias adaptativas
O panorama regulamentar da proteção de dados está a tornar-se cada vez mais exigente. O cumprimento de regulamentos como o RGPD não só evita sanções legais, como também reforça a confiança dos clientes. Além disso, as empresas devem adotar estratégias adaptativas para responder a ameaças emergentes, como ataques baseados em ransomware ou técnicas avançadas como o Living off the Land (LotL). E não podemos esquecer os novos regulamentos NIS2 e DORA que reforçam a necessidade de efetuar uma análise séria dos riscos e definir planos de ação para garantir a resiliência (queda e recuperação) das empresas. Nem a recente AI Act sobre o controlo da utilização da IA, que diferencia a Europa do resto do mundo em termos de controlos a utilizar, mas que nos permitirá atingir níveis de segurança mais elevados.
Riscos cibernéticos: A necessidade de compreendê-los e geri-los
Nos últimos anos tem-se verificado um aumento notável do número de vetores de ataque através da Internet e muitas organizações sofrem incidentes de segurança devido à falta de uma análise adequada dos riscos a que estão expostas. Nesse sentido, é necessário conhecer esses riscos e estimar os possíveis danos. Para isso, trabalhar com sistemas robustos, capazes de atuar antes, durante e depois de um incidente, não só previne os ataques, como também dá confiança aos clientes e ao mercado, reduzindo o impacto e a exposição dos utilizadores e dos sistemas de informação.
“A cibersegurança não é apenas tecnologia, não é apenas um produto, é um processo em constante evolução necessário para proteger os ativos de qualquer empresa ou organização. Num ambiente em que as ameaças são cada vez mais sofisticadas e persistentes, não basta adotar ferramentas avançadas; é essencial desenvolver uma estratégia global que inclua prevenção, deteção e resposta rápida a incidentes. A combinação de inteligência artificial, blockchain e uma cultura organizacional orientada para a segurança permite-nos antecipar os riscos e minimizar o seu impacto“, afirma Santi Corral, da knowmad mood.
Em conclusão, a transformação digital não é isenta de riscos, mas uma abordagem integral que combine tecnologias emergentes, formação adequada e conformidade regulamentar permitirá às empresas reforçar a sua resiliência face aos desafios cibernéticos. Já não é uma questão de saber se podemos evitar o ataque, que inevitavelmente ocorrerá, mas sim de sermos rápidos a reagir e a recuperar depois.